Questões de gênero: afinal, o que é brincadeira de menina e brincadeira de menino?


PIBIDIANAS: Aline Souza Lisboa e Juliana de Lima Camargo
SUPERVISORA: Professora Cindy Borda.
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL: Nona Panichi. COORDENADORA: Professora Me. Maria Cristina Simeoni.
 

Observa-se no cotidiano, o preconceito que existe relacionado às questões da diferença de gênero. Na Educação Infantil, depara-se com essa diferença, principalmente nas brincadeiras, desde a primeira infância. De menino ou de menina? O que existe mesmo é o brincar, que por vezes não é dada sua devida importância.
            Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, v.1, p.27) “A brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos”.
Na Educação Infantil, assim como nas demais etapas da educação ou ainda na vida, de maneira geral, as brincadeiras não devem ser definidas pelo gênero, ou seja, isso é só para os meninos ou aquilo só para as meninas. O fundamental é as crianças tenham experiências com diversas atividades brincantes e lidarem com algo real e significativo para a sua aprendizagem. É uma forma das crianças estabelecerem uma relação mais próxima com o outro, com o mundo e com o novo.
Ressalva-se uma citação de Elenor Kunz, presente em seu texto “KINEIN: O Movimento Humano como Tema” (2000, p. 383), a qual aborda que, “é fundamental manter a abertura das atividades, não 'podar' iniciativas e diferenciações que a criança venha a fazer, pois ela está experimentando as coisas e estabelecendo as relações e conclusões, que são aprendizados a partir das experiências” É naquela simples brincadeira que as crianças estão internalizando o mundo real, desenvolvendo a imaginação e aprendendo. De maneira voluntária, esse brincar é lúdico.
Na abordagem com os alunos do Maternal D, da EMEI Nona Panichi, foi apresentada uma brincadeira com bambolês. O material bambolê, agrada as crianças e é um brinquedo que desperta a ludicidade. Os objetivos da aula foram: criar ambiente de interação e sociabilização entre as crianças; desenvolver a coordenação motora ampla e trabalhar a questão de gênero.
A atividade baseou-se em três momento, o primeiro foi o de formar duplas dispostos frente a frente, cada dupla recebeu um bambolê para rolar até o parceiro, e vice-versa.  No segundo momento foi realizada a atividade de lançar o bambolê em um alvo, no caso foi uma cadeira. Por fim, no terceiro momento, os bambolês foram colocados no chão formando um caminho, que os alunos passariam pulando por ele. Essa foi uma brincadeira que meninos e meninas brincaram juntos, de maneira tranquila, como qualquer outra deve ser.




Questões de Gênero na Educação Infantil



PIBIDIANAS:
Alane Duarte Nogari
Isabela Gonçalves de Oliveira
Maria José de Jesus Prado 
SUPERVISORA: Professora Cindy Borda.

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL: Nona Panichi.
COORDENADORA: Professora Me. Maria Cristina Simeoni.



Diante das discussões a respeito das questões de gênero na atualidade e no II Ciclo de Estudos do PIBID/PEDAGOGIA/UENP, as atividades desenvolvidas nas Escolas de Educação Infantil nos fazem refletir a respeito do tema. Destaca-se, em especial, a atividade realizada com o Berçário, na EMEI Nona Panichi, a qual se constituiu na pintura manual, com tinta guache de diversas cores, cujo objetivo principal foi perceber as texturas e as cores. A partir desta ação, foi possível potencializar, também, as dimensões psicomotoras e viso-espacial. A atividade foi desenvolvida no espaço externo da EMEI, onde as tintas ficaram à disposição das crianças, com supervisão e mediação das professoras, para despertar o interesse dos bebês em conhecer as texturas. 




Após o termino da atividade, as crianças foram direcionadas para o banho coletivo. Percebe-se que, nessa faixa etária, as crianças ficam livres para brincar e se relacionar e não têm distinção e/ou preconceito de gênero. Ou seja, não se incomodam de brincarem juntos, meninos e meninas. E, é importante continuar com brincadeiras assim, na Educação Infantil.


De acordo com o documento “Gênero e Diversidade na Escola: formação de professoras/es em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais” (BRASIL, 2009, p.49), “se quisermos contribuir para um mundo justo em que haja equidade de gênero, devemos estar atentos para não educarmos meninos e meninas de maneiras radicalmente distintas”.
Deve-se trabalhar com atividades nas quais os meninos e meninas participam de forma indistinta. Com crianças maiores, por exemplo, “[...] atividades como a ‘queimada’ e o ‘pique-esconde’ podem ser pensadas como uma maneira de borrar as tradicionais fronteiras entre masculinidades e feminilidades (Idem, p.105).
As instituições escolares são ambientes onde pode-se oportunizar esse novo olhar diante das questões de gênero. Sendo assim, é primordial, desde os primeiros anos da Educação Infantil, realizar uma prática pedagógica reflexiva, que aos poucos colabore, excluindo a distinção de gênero, ou seja, a famosa expressão, “isso é de menino e isso é de menina”.

Questões Étnico-raciais na Educação Infantil

      O respeito à diversidade se encontra nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil 2010: "O reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como combate ao racismo e à discriminação;” (BRASIL, 2010. p.21).

      Assim, trabalhar com essa temática na educação infantil é muito importante para combater a discriminação racial e preconceito, pois ensina a criança a respeitar as diferenças, sejam elas de cor, religião, nível social ou gênero.

      A Lei n°10.639, de 09 de janeiro de 2003, altera a Lei n°9.394 de 20 de dezembro de 1996, no artigo 79-B dizendo que o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia da Consciência Negra”, ou seja, o ensino será obrigado a discutir a temática da historia e cultura afro-brasileira.

      Tomando isso como embasamento, bem como as discussões realizadas no Ciclo de Estudos do PIBID, trabalhamos durante cinco meses um projeto com o seguinte titulo “DIVERSIDADE NA ESCOLA: CULTURA AFRICANA” na Emei Alice Otênio. 
As atividades foram:

  •  Identidade;
  •  Capoeira;
  •  Bruna e a Galinha D.Angola;
  •  A Família;
  •  Autorretrato;
  •  Mascara Africana;
  •  O cabelo de Lele;
  •  Instrumentos da capoeira;
  •  Brincadeiras de cultura africana (Escravos de Jô, Pular Corda, Terra Mar) etc.


      Dentre essas, selecionamos para apresentar a vocês a que consideramos a mais sgnificativa: contação de História.

LIVRO: Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado

      No primeiro momento foi apresentado às crianças do Pré-B a história sobre uma menina e um coelho que queria uma filha pretinha como ela.
      No segundo momento foi explicado por que parecemos com nossas famílias, semelhanças entre elas e os pais, avós, irmãos, através dos traços.
      Foi exposto a elas um vídeo sobre a história, discussão sobre a origem e formação da família, a identificação das semelhanças e diferenças que elas viam dentro de sua família, assim cada uma delas desenhou sua família.
      Colamos o coelho e os desenhos das crianças no papel pardo para exposição.

Pré B








Dicas de livros infantis para trabalhar questões Étnico-raciais
Bruna e a Galinha D’Ângola – Gercilda de Almeida
Menina Bonita do Laço de Fita – Ana Maria Machado
O Cabelo de Lêle – Valéria Belém