Identidade na Educação Infantil

Alunas: Cassiana, Jessica e Rayane
Curso: Pedagogia Vespertino
Campus:
UENP CCHE, Jacarezinho PR
Supervisora:
Professora Erica Vivian
EMEI:
Alice Otênio.
Coordenador:
Professor Dr. Antonio Donizete.




        Segundo Ciampa (1987) entende identidade como metamorfose, ou seja, em constante transformação, sendo o resultado provisório da intersecção entre a história da pessoa, seu contexto histórico e social e seus projetos. A identidade tem caráter dinâmico e seu movimento pressupõe uma personagem. A personagem, que, para o autor, é a vivência pessoal de um papel previamente padronizado pela cultura, é fundamental na construção identitária: representa-se a identidade de alguém pela reificação da sua atividade em uma personagem que, por fim, acaba sendo independente da atividade. As diferentes maneiras de se estruturar as personagens resultam diferentes modos de produção identitária. Portanto, identidade é a articulação entre igualdade e diferença. Identidade é movimento, porém, uma vez que a identidade pressuposta é reposta pelos ritos sociais, passa a ser vista como algo dado e não como se dando. A reposição, portanto, sustenta a mesmice, que é a ideia de que a identidade é atemporal e constante: identidade-mito. A superação da identidade pressuposta denomina-se metamorfose. 
      Segundo Stuart Hall (2006) apresenta o conceito do que denomina "identidades culturais" como aspectos de nossas identidades que surgem de nosso "pertencimento" a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais. O autor entende que as condições atuais da sociedade estão "fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade que, no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais". (p. 9) Tais transformações estão alterando as identidades pessoais, influenciando a ideia de sujeito integrado que temos de nós próprios: "Esta perda de sentido de si estável é chamada, algumas vezes, de duplo deslocamento ou descentração do sujeito" (Hall, 2006, p. 9). Esse duplo deslocamento, que corresponde à descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos, é o que resulta em "crise de identidade".


ReferênciaDisponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572011000100004>  Acesso em: 13/11/15





Atividade aplicada na EMEI Alice Otênio sobre Identidade.





      No dia 31/07/15 foi o primeiro dia da aplicação do nosso projeto, e de acordo com nossas discussões e leituras percebemos que quando o nosso objetivo é fazer com que as crianças desenvolvam algum conhecimento sobre a questões étnicos raciais, é de fundamental importância passar pela identidade. Pois é no reconhecimento de si próprio e para com o outro que se formam cidadãos críticos e autônomos, que não aceitam qualquer coisa que lhe é imposta mesmo que nas entrelinhas de um contexto social. E um exemplo simples, porém muito valido, foi a atividade que aplicamos no dia já citado.
      Bom neste dia chegamos na sala e pedimos para os alunos sentarem em circulo no chão e também sentamos. Começamos nos apresentando, cada um dizia seu nome inclusive nós. Depois de todos apresentados, uma de nós pegou uma caixa que tinha levado, meio funda o que impediam as crianças de verem o que tinha lá, e disse pra elas que dentro daquela caixa tinha alguém muito lindo e muito especial e fizemos toda uma introdução enfatizando como aquela pessoa era demais, logo falamos que a caixa ia passando de mão em mão e que ninguém podia contar para o amigo quem era aquela pessoa.
     Logico que todo esse suspense causou uma curiosidade cheia de entusiasmo em conhecer essa pessoa tão maravilhosa, e conforme a caixa ia passando algumas crianças faziam cara de decepcionadas, envergonhadas e até teve aquelas que depois que viram o que era não queriam ver de novo e poucas, muitos poucas talvez duas ou três crianças conseguiram encarar sem apresentar nenhum tipo de decepção. Ta bom chega de suspense, o que tinha dentro da caixa era... era... era.. “tchanananan”... Um ESPELHO!!! Sim um espelho!!! Um simples espelho para muitos, mas para eles era muito mais que isso era passar e encarar a identidade de frente, sendo que a proposta era que eles descobrissem que todos nós mesmos diferentes somos aquela pessoa maravilhosa que foi descrita no inicio da dinâmica e o fato de muitos não conseguirem nem se quer encarar o espelho ou terem vergonha de se olhar já mostra o desfecho que isso pode causar se não for trabalho desde muito cedo, como a idade deles (4-5anos) e se possível ainda mais cedo (1-2anos), indubitavelmente se isso tivesse acontecido neste dia eles encarariam o espelho (eles mesmo) sabendo quem são e que do jeito que são, são importantes! Depois continuamos aplicando atividades que possibilitassem o reconhecimento deles e do próximo como pessoas bonitas e interessantes independentemente da cor da pele, dos olhos, da cor ou estilo de cabelo, enfim que cada um era bonito do jeito que é e que ao longo do projeto essa frase e ideia continuaram sendo repetida e retomada com diversas atividades, além de outras como “não existe ninguém feio, as pessoas são diferentes” e o objetivo é que essas intervenções possibilitem a eles uma compreensão de mundo como ele é com suas inúmeras diferenças que precisavam ser no mínimo respeitadas.


http://professoracleides.blogspot.com.br/2011/07/dinamica-do-espelho.html?m=1

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